terça-feira, 16 de junho de 2009

Vítimas do Sistema

Vítimas do Sistema 

                Até que ponto necessitamos de líderes? Ou quais somos vitimas de um sistema cruel? Somos responsáveis pelo nosso sucesso ou fracasso?

                Uma nova perspectiva de líder torna-se vital neste tempo de crise, segundo alguns autores esse líder é responsável pela equipe, ético e comprometido com os resultado, mas se lermos os livros sobre liderança, vemos que este atributos são "eternos", e o que o grande diferencial de hoje é que os valores morais necessitam ser retomados, após tantos escândalos e fraudes ocorridos no sistema financeiro. Pode-se ver que a coordenação, a delimitação de objetivos precisos, gestão e motivação da equipe são fundamentais, lideres então são necessários, mas o tão esperado resultado, não pode ser obtido se as pessoas já desistiram de trabalhar em equipe, crescer e produzirem. 

Muitas pessoas ao nosso redor seja no trabalho, ou em outro ambiente social, queixam-se constantemente da vida. Seja pelo chefe "explorador", a empresa que remunera mal, ou que o talento nunca foi reconhecido, ou que a crise fechou novas oportunidades. Estas pessoas poderiam ser chamadas de vítimas da "vida", sentem-se frustradas por não terem conseguido o que queriam e não terem alcançado o tão sonhado sucesso, e ao serem vítimas querem que o culpado seja condenado seja quem for, o pior que muitos não sabem dizer quem é o culpado pelo fracasso. São pessoas reativas, pois não assumem a responsabilidade por suas atitudes, são pessoas que não se qualificaram, que perderam oportunidades por medo de mudar, não buscaram desenvolvimento pessoal e profissional, não participam das atividades da empresa e pelo contrario criticam qualquer atitude de inovação, não aceitam a mudança e não conseguem ver que a mudança é o que temos de mais constante em nosso tempo, possuem uma visão de mundo limitada reconhecendo o cotidiano como absoluto. No final das contas dificilmente conseguiriam o sucesso com essas atitudes. Como toda vítima necessitam de achar o culpado, e desta forma começam a se queixar das atitudes da empresa que é responsável pelo sua vida ruim, a culpa pode ser pulverizada entre salário baixo, insensibilidade da direção da empresa, falta de oportunidades de crescimento, superiores incompetentes e exploradores, entre outras dez mil razões possíveis.

Acham que se mudarem de emprego os problemas se resolveriam, mas descobrem depois da mudança que tudo continua o mesmo.

Com essa visão de vítimas do sistema, o resultado é a insatisfação e a insatisfação leva a revolta. E essa revolta é expressa através de constantes queixas e queda de produtividade, em longas e desgastantes discussões com chefes e colegas e conseqüentemente a recusa de cumprir as tarefas requisitadas, nas constantes ameaças de saírem da empresa ou de falar algumas "verdades" aos superiores. Estas atitudes levam a desagregação da equipe e perda de todo o trabalho feito pelo líder.

                Então o grande ponto para o líder é identificar tais "vítimas", e provocar a mudança de atitude e de visão enfim de mostrar que o problema não é o ambiente mas sim as atitudes individuais. Não que isto seja uma tarefa simples ou que sempre o líder terá êxito nesta empreitada, mas a verdadeira liderança é mostrar os caminhos possíveis e levar as pessoas a trilhá-los, desta forma buscando a satisfação pessoal.

                Por isso o líder muitas vezes não é culpado pelo fracasso da equipe, e não pode ser responsabilizado pelo fracasso pessoal de nenhum individuo, devido a não conseguir neutralizar ou reveter a situação das "vítimas", o que gera constantes crises dentro da equipe e a insatisfação generalizada.

                Desta forma necessitamos reavaliarmos nossa posição dentro da equipe e dentro da empresa e buscarmos a automotivação, para que o caminho do sucesso não seja fechado, e não percamos a perspectiva de um futuro melhor.

José A. do N. Neto